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Formação dos grupos

         Existem basicamente dois tipos de grupos cooperativos que podem ser usados dependendo dos objetivos da atividade. Para melhor garantir que a AC favoreça a participação efetiva de todos é fundamental que os grupos sejam montados de forma heterogênea, buscando colocar crianças com diferentes características em um mesmo grupo.

        Os grupos esporádicos são grupos montados por um curto período de tempo, às vezes para uma única atividade ou para um dia. Podem ser desde duplas até grupos maiores e em cada atividade o professor deve explicar claramente para os alunos a importância de realizarem a atividade juntos e se ajudarem. Podem ser montados aleatoriamente juntando, por exemplo, crianças que estão sentadas próximas, ou contando os alunos e pedindo que os números iguais se unam, também pode ser feito sorteio ou dinâmicas. Esses grupos são indicados para iniciar o trabalho com AC até que os alunos estejam familiarizados com a rotina de trabalho em grupo.

     Os grupos de base são grupos de longa duração que podem permanecer iguais por todo o ano letivo ou por vários anos, caso seja possível. Esses grupos são mais eficazes na superação da exclusão e no desenvolvimento das habilidades sociais, além de facilitarem o alcance dos cinco princípios citados anteriormente. Devem ter em média 4 alunos por grupo e não devem ter mais que 5.

      É importante que os grupos não sejam montados pelos alunos para que os amigos não fiquem juntos perpetuando o ciclo de exclusão e desfavorecendo o desenvolvimento de algumas habilidades sociais como a tolerância e o respeito.

      A montagem dos grupos de base feita pelo professor deve objetivar a garantia a heterogeneidade dos grupos. O professor pode iniciar a montagem fazendo grupos homogêneos, e depois pegar um aluno de cada grupo homogêneo para montar o grupo heterogêneo de base. É importante também considerar características individuais como, por exemplo, timidez, facilidade em se expressar em público, liderança, gênero e tentar manter alunos diferentes no mesmo grupo. O professor deve considerar também o surgimento de conflitos dentro desses grupos, e optar por manter grupos nos quais os alunos que entrarão em conflito serão capazes de superá-los. Alguns alunos podem apresentar uma resistência muito grande em relação a se relacionar com outros colegas, nesses casos, o conflito pode ser um aspecto negativo, que a princípio deve ser evitado.

        Depois que os grupos forem montados, professor e alunos devem estar cientes que grupos de base não devem ser mudados a cada dificuldade, eles são permanentes, como uma família, que embora nem sempre consiga se dar bem precisa permanecer unida em busca da melhor forma de resolver seus problemas.

      Veja o exemplo de formação de grupos heterogêneos tomando como base o desempenho acadêmico dos alunos para uma turma de 25 crianças:

Divisão dos alunos em grupos homogêneos por desempenho acadêmico

Divisão dos alunos em grupos heterogêneos

 

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