Aprendizagem
Cooperativa
Após toda a preparação feita pelo professor, chega a hora de colocar os alunos para trabalhar. Nessa fase o professor deve estar preparado para resolver conflitos e lidar com a resistência dos alunos no momento inicial, porém sempre tendo em mente o quão gratificante será quando os benefícios apresentados anteriormente forem alcançados.
Alguns autores consideram que o tempo médio para que o trabalho se consolide com uma turma e os resultados sejam bastante significativos é em torno de dois anos, porém desde os primeiros meses o professor poderá notar melhora em vários aspectos: cooperação, relacionamento interpessoal, motivação para os estudos, melhora na autoestima do aluno, aumento do desempenho acadêmico entre outros.
Colocar em prática tudo aquilo que o professor planejou pode não ser tão fácil em um primeiro momento, alguns autores contudo, sugerem estratégias para resolver possíveis dificuldades que apareçam ao longo do trajeto. Na página Sugestões - técnicas você terá acesso à alguns materiais de apoio que podem trazer sugestões ou se preferir vá até a página E se não der certo?
A prática
 |  |  |
|---|---|---|
 |  |  |
 |  |  |
 |  |  |
 |  |
Iniciando os trabalhos com grupos coopertivos de base
Antes de inserir as atividades em grupos de base o professor deve se lembrar de introduzir atividades com grupos esporádicos para que os alunos se familiarizem com a ideia de não trabalhar mais sozinho.
O professor pode começar com uma roda de conversa para verificar o que os alunos entendem por trabalhar em grupo e trabalhar cooperativamente. É importante sempre reforçar a importância de que cada um contribua como puder e permita ao colega também contribuir.
As primeiras atividades com grupo de base devem ter como objetivo levar os alunos a compreender a nova organização das aulas. Para isso são indicados jogos e brincadeiras cooperativas.
Depois de cada dinâmica o professor deve retomar os objetivos do trabalho cooperativo em uma conversa com os alunos, levantando o que levou cada grupo a ganhar ou perder e problematizando as situações com o objetivo de possibilitar aos alunos a compreenção da importância da cooperação de todos para que o grupo ganhasse o jogo ou brincadeira. Essas ações são fundamentais para romper com a ideia de trabalho individualista e competitivo que os alunos estão habituados a trabalhar em outras metodologias.
No momento em que o professor perceber que está consolidada a ideia de cooperação entre os alunos e se sentir pronto para o trabalho com os grupos de base, a primeira atividade a ser desenvolvida pode ser a escolha de um nome para o grupo. Nesse momento o professor deve observar como os alunos conduzem uma discussão e chegam à um consenso utilizando estratégias que garantam a participação de todos. E caso isso não aconteça, é um ótimo momento para intervir.
O trabalho no dia-a-dia
O trabalho com a AC pode seguir dois caminhos, o professor pode escolher alguma técnica já elaborada para estruturar a sua aula ou pode fazê-la como lhe convém desde que em seu planejamento preveja atividades e momentos que garantam as cinco características da AC.
Para isso é aconselhável que as atividades sigam a seguinte ordem:
-
Identificação das competências sociais que serão trabalhadas
-
Estudo em grupo (por meio de pesquisas, leituras ou uma das técnicas apresentadas)
-
Sistematização do estudo (por meio de atividades, situações-problema, listas de exercícios, produção de textos, cartazes, desenhos ou questionários)
-
Avaliação individual do conteúdo conceitual estudado
-
Autoavaliação individual e do grupo
Essas atividades não precisam necessariamente acontecer em todas as aulas, mas é indicado que esses passos sejam realizados para cada novo conteúdo conceitual trabalhado.